O câncer é a doença provocada pela multiplicação descontrolada e anormal das células do corpo. Com crescimento desordenado, as células cancerosas começam a afetar tecidos, órgãos, glândulas de diferentes partes do corpo, dando origem a mais de cem tipos de câncer, também chamados de tumores malignos ou neoplasias.
O câncer é uma das doenças que mais acometem os brasileiros...
São mais de 100 tipos de câncer, alguns mais comuns em mulheres e outros, em homens.
Cânceres mais frequentes nas mulheres:
Cânceres mais comuns os homens:
Alguns tipos de tumores classificados em diferentes grupos de acordo com sua origem.
Carcinoma: acontece quando começa na pele ou nos tecidos internos dos órgãos.
Sarcoma: originado nos ossos, cartilagens, músculos ou outro tecido conjuntivo.
Leucemias: conhecida como o “câncer do sangue”, a doença começa na medula óssea.
Linfomas e mielomas: é o câncer que começa no sistema imunológico.
Câncer do sistema nervoso central: quando ocorre nos tecidos do cérebro e da medula espinhal.
Em seu funcionamento normal, as células se dividem e morrem de maneira ordenada e sadia. Um processo natural que faz parte do desenvolvimento de alguma estrutura corporal ou apenas da substituição de células já desgastadas.
Entretanto, os tumores malignos se formam a partir de falhas nesse processo, quanto elas começam a crescer fora de controle e sofrem mutações em sua estrutura genética (DNA), células doentes que ao se multiplicarem causam o câncer que pode surgir em qualquer parte do corpo, sendo mais ou menos agressivos de acordo com seu tipo e localização.
Quando as células cancerosas começam a crescer formando o tumor e se espalham até entrarem na corrente sanguínea, nos vasos linfáticos ou ocupando órgãos vizinhos, inicia-se o processo de metástase, que ocorre quando há a disseminação da doença pelo corpo.
O câncer não apresenta uma causa única e sim uma soma de fatores. Estima-se que 80% dos casos são provocados por fatores externos, aqueles provocados pelo ambiente e que poderiam ser evitados pela população, já que os hábitos nocivos como alimentação não saudável, tabagismo, sedentarismo, excesso de sol, entre outros, podem favorecer o surgimento da doença.
Apenas 20% seriam provocados pelas mutações genéticas, condições imunológicas e hormonais, por exemplo. São raras as pessoas que herdar da família um DNA anômalo, fator que é levado em consideração para alguns tipos de câncer como o de mama, estômago e intestino. Entretanto, a maioria dos tumores é provocado pelos elementos que nos afeta externamente.
Já que os 80% dos casos de câncer são ligados à hábitos de vida e fatores externos, é totalmente possível prevenir a doença. E a principal medida preventiva é reduzir os fatores de risco, entre eles: o tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, o sedentarismo, hábitos sexuais, evitar a exposição excessiva ao sol e a automedicação.
Em geral, é possível prevenir o câncer adotando hábitos saudáveis.
O cigarro possui substância tóxicas e é o principal responsável por canceres de pulmão, cavidade oral, faringe, laringe e esôfago .
Em grandes quantidades, o consumo de bebidas alcóolicas pode causar câncer de fígado.
Uma alimentação equilibrada e saudável rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões podem ajudar a prevenir o câncer, já que são alimentos protetores. Evite os industrializados, que levam muita gordura no preparo e os ultra processados como embutidos, por exemplo.
O câncer do colo de útero é muito comum nas mulheres, mas se detectado precocemente é altamente curável. As alterações nessa região são facilmente detectadas com o exame preventivo, também conhecido como Papanicolau, realizado pelo(a) ginecologista anualmente a partir do início da vida sexual. Vale ressaltar que a vacinação contra o HPV também é fundamental para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, pois a imunização ajuda a prevenir a infecção viral e o câncer de colo de útero e pênis .
Já os mastologistas são fundamentais no rastreio do câncer de mama. Por isso, mulheres a partir dos 35 anos, devem começar a fazer a mamografia. Quem tem histórico familiar da doença deve começar aos 30 e acompanhar anualmente.
Pegar sol entre 10h e 16h não é recomendado, mas caso aconteça, sempre utilize filtro solar - inclusive nos lábios - boné ou chapéu, óculos, roupas com proteção UV e leve sempre uma barraca para se proteger na sombra.
A identificação precoce do câncer aumenta as chances de cura, tendo em visto que, a maioria destas doenças em estágio inicial, são menos agressivas e com maior possibilidade de tratamentos de sucesso. Para o diagnóstico precoce é necessário ficar atento aos sinais e sintomas e fazer um acompanhamento médico periodicamente.
O tratamento do câncer inicia com uma consulta no oncologista clínico. Este é
o
médico que vai avaliar o histórico de saúde do paciente, avaliar e solicitar exames e fechar o diagnóstico.
Feito
isso, o
Para o tratamento oncológico existem diversas opções, entre a mais comum está a cirurgia oncológica que pode estar associada a outros métodos como a radioterapia e quimioterapia. A opção cirurgia depende muito da avaliação criteriosa do cirurgião e do oncologista que decidirão se é possível ou não a operação de acordo com critérios da doença.
A quimioterapia é uma terapia à base de medicamentos – os quimioterápicos – que atuam impedindo a divisão das células doentes. O uso da quimioterapia tem um efeito sistêmico, já que ela acaba sendo distribuída por todo o corpo e assim atinge também as células saudáveis, provocando mais efeitos colaterais como queda de cabelo, fraqueza, perda ou ganho de peso, enjoos, entre outros.
Já a radioterapia é feita de forma local utilizando feixes de radiação produzidos por um equipamento para destruir o tumor em determinada região do corpo, evitando o contato com as áreas saudáveis, causando menores efeitos colaterais, entre os mais comuns nesta técnica são: cansaço, perda de apetite ou dificuldade para ingerir alimentos e alterações na pele.
Ambos os tratamentos podem ser combinados e o volume de sessões de quimio ou radioterapia dependerá da avaliação do oncologista.
Nenhum câncer não é igual ao outro, mesmo que seja do mesmo tipo. Por isso, os tratamentos devem ser individualizados. Neste sentido, as terapias alvo, tratam os tumores de maneira personalizada. A técnica permite identificar e combater características específicas das células cancerígenas por meio da detecção das mutações genéticas ou proteínas específicas em cada doença e é neste momento que a oncogenética beneficia o paciente.
A terapia-alvo tem como objetivo fazer que os medicamentos atinjam somente células que foram modificadas pela doença, preservando outras estruturas celulares, órgãos e tecidos saudáveis.