O câncer de mama é um dos tumores com maior incidência entre as mulheres brasileiras e, com o passar dos anos, ganhou campanhas, como o Outubro Rosa, para reforçar a importância do diagnóstico precoce e do reconhecimento dos principais sintomas. Porém, existem outros tipos de tumor cuja incidência no público feminino também é considerada alta e merecem toda a atenção. Abaixo, conheça as neoplasias malignas mais comuns nas mulheres.
Câncer de colo do útero
Classificado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) como o terceiro tipo de câncer mais comum nas mulheres, com previsão de mais de 17 mil casos em 2023, o câncer de colo do útero pode ser evitado com a vacina contra o HPV. Esse tumor não apresenta sintomas característicos no início, mas, em casos avançados, a paciente pode apresentar secreção vaginal anormal; sangramento vaginal no dia a dia ou depois das relações sexuais; dificuldade para urinar e dor abdominal. É indicado que mulheres que já tenham vida sexual ativa façam o exame de Papanicolau a partir dos 25 anos para cuidar da saúde íntima e rastrear a possibilidade do câncer de colo do útero.
Câncer de ovário
Apesar de ser um dos tipos de câncer ginecológico mais comuns, o câncer de ovário muitas vezes não é diagnosticado de forma precoce por causa da falta de sintomas expressivos da doença, o que eleva sua taxa de mortalidade de forma considerável. Quando mais avançado, o quadro pode provocar inchaço; desconforto ou dor na região abdominal; dor ou desconforto durante o ato sexual; sangramento vaginal anormal; sensação de barriga cheia mesmo depois de refeições leves; perda de apetite e ganho ou perda de peso sem motivo.
Entre os fatores de risco para o tumor no ovário estão a idade (acima de 40 anos); histórico de câncer de mama, colorretal ou de ovário na família; obesidade; não ter tido filhos ou ter tido filhos depois dos 35 anos e tabagismo. O tratamento mais comum para o câncer de ovário associa sessões de quimioterapia com uma cirurgia para retirar o tumor.
Câncer na vulva
O câncer na vulva se manifesta na parte externa do órgão genital feminino e é mais comum em mulheres depois dos 60 anos que tiveram contato com o vírus HPV e/ou são tabagistas. Apesar de existir mais de um tipo de tumor que pode se desenvolver no local, os sintomas mais comuns são os mesmos: coceira persistente; nódulo que surge no local; dor na região e sangramento. Em alguns casos também pode surgir uma pinta na área que, com o passar do tempo, muda de formato, tamanho, assimetria e coloração.
Ao perceber qualquer um desses sintomas, é indicado que a paciente busque a orientação do seu ginecologista de confiança.
O tratamento mais indicado para o câncer na vulva será definido pelo oncologista que acompanha a paciente, já que o profissional levará em conta alguns aspectos da doença, como o tipo de tumor e o estágio em que se encontra. Nos casos diagnosticados ainda no início, um dos tratamentos mais comuns é a cirurgia para a remoção da lesão; já os mais avançados podem se beneficiar com sessões de quimioterapia e radioterapia.