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Do apoio da família à psicoterapia, priorizar o bem-estar emocional é fundamental durante o tratamento

Na última década, os debates acerca da importância da saúde mental se tornaram cada vez mais frequentes, evidenciando a relevância da conscientização sobre o tema. Lidar com qualquer doença crônica séria pode ser desafiador e estressante, e não é incomum que isto reflita em problemas como ansiedade e depressão – e o câncer de mama não é exceção. Por isso, para viver com qualidade e resiliência, é essencial priorizar o bem-estar emocional, assim como a saúde física.

Entendendo os desafios

Segundo a dra. Patrícia Arraes, nutricionista oncológica da PróOnco Mulher, são diversas as inseguranças que podem afligir uma paciente após o diagnóstico do câncer de mama. “Medos relacionados à saúde, perda de autoestima devido aos efeitos colaterais do tratamento e falta de suporte familiar estão entre os principais obstáculos. Mesmo quando o tratamento vai bem, é normal que qualquer pessoa com a doença experimente sentimentos negativos, que geram um impacto emocional”, comenta.

“Por isso, encontrar apoio de familiares, amigos e outras pessoas que já passaram por isso não só pode ajudar, como também faz toda a diferença. É importante se lembrar que você não está sozinha. Muitas mulheres abriram esse caminho antes de você e podem ser o melhor apoio que você já teve”, salienta a especialista.

Cuidados de saúde mental: quais são as opções?

Existem várias maneiras de obter ajuda para a saúde mental. A escolha do que é mais eficaz ou útil pode se basear na preferência pessoal, no custo e no que está disponível em sua localidade.

Certas práticas que podemos fazer sozinhos – como exercícios, meditação e técnicas de relaxamento – ou simplesmente estender a mão para amigos e familiares são eficazes para manter sua saúde mental em dia. Mas, para algumas pessoas, procurar um profissional de saúde mental qualificado ou um grupo de apoio pode ser indispensável.

Psicoterapia

A psicoterapia individual é tipicamente um suporte feito sob medida para os problemas emocionais específicos de uma pessoa, bem como aqueles ligados a relacionamentos, família, trabalho e outras questões. Cada pessoa é única e, na terapia individual, o foco terapêutico, as técnicas e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento podem ser individualizados de acordo com as necessidades e objetivos de cada pessoa.

“O ideal é consultar um terapeuta que tenha experiência em tratar pacientes com câncer de mama, pois o profissional conhece a linguagem e está apto a ajudar o paciente a explorar e lidar da forma mais eficaz possível com seus anseios e dificuldades emocionais. Em alguns casos, a psicoterapia pode ser feita em conjunto com um acompanhamento psiquiátrico”.

“Família e amigos podem oferecer amor e apoio, mas existe um relacionamento especial na psicoterapia. Ela fornece um espaço reservado onde se pode discutir qualquer coisa que desejar, desenvolver uma visão e aprender estratégias de enfrentamento para ajudá-la a viver sua vida plenamente”, reitera a dra. Patrícia.

Grupos de apoio

Participar de um grupo de apoio pode ser benéfico para a saúde mental, pois conversar com outras pessoas que compartilham sua experiência pode trazer autoconfiança, resiliência e acalento. Diversos centros de tratamento de câncer contam com iniciativas do tipo.

“Os grupos de apoio podem ser muito úteis para dar aos pacientes um lugar para expressar seus anseios, sentimentos, estratégias práticas e emocionais de enfrentamento e simplesmente conversar com outras pessoas que vivem com o câncer de mama. Na prática, a paciente descobre que não está sozinha nessa caminhada e o tratamento bem-sucedido é uma realidade”, diz a dra. Patrícia. 

Família e amigos

Para muitas pacientes, pode ser difícil compartilhar seu diagnóstico com entes queridos. No entanto, o amor e o apoio da família e dos amigos geralmente constituem uma parte importante do processo de cura emocional. Muitas vezes conversar com pessoas próximas e de confiança ajuda suavizar a jornada. “Eles também podem fornecer um apoio crucial à medida que você avança no processo de tomada de decisões sobre seu tratamento”, conclui a dra. Patrícia.

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