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Data é celebrada anualmente com o intuito de gerar conscientização sobre a doença, que é fator de risco para diversas complicações

O diabetes está entre as doenças cujo número de casos mais crescem no Brasil e no mundo – dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que mais de 12 milhões de brasileiros possuem essa condição. Além disso, não é novidade que a condição está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de uma série de complicações, como a obesidade, problemas de visão e fadiga. 

No entanto, especialistas também apontam que pacientes com diabetes tipo 2 são mais propensos ao aparecimento do câncer. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, a dra. Patrícia Arraes, Nutricionista Oncológica da PróOnco Mulher, responde às dúvidas mais comuns sobre o tema.

Por que acontece?

Dra. Patrícia: O câncer se desenvolve quando o funcionamento normal de uma célula dá errado e as células se tornam anormais. A célula anormal continua se dividindo, produzindo mais e mais células anormais. Estes eventualmente formam um tumor. 

Um tumor cancerígeno (maligno) pode se desenvolver em tecidos próximos. As células cancerosas se multiplicam onde houve essa lesão inicial, havendo crescimento descontrolado local e com o passar do tempo e desenvolvimento da doença, pode ocorrer proliferação para outras partes do corpo, denominado de metástase. 

Alguns estudos sugerem que níveis anormalmente elevados de insulina, típicos em diabéticos tipo 2, podem causar câncer. Mas, por outro lado de análise, hábitos alimentares que causam o diabetes tipo 2 também são os mesmos que causam câncer, sendo necessária uma reflexão sobre isso. 

Em caso do câncer já instalado, o aumento do açúcar no sangue pode contribuir para dar oferta energética para o crescimento tumoral visto que, muitos tumores têm predileção por uso de glicose para seu crescimento, embora, tenham capacidade metabólica de utilizarem outras fontes como energia.

Qual a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2?

Dra. Patrícia: O primeiro tipo acomete mais frequentemente crianças e adolescentes, e representa de 5 a 10% do total de casos da doença. É uma condição autoimune, pois o próprio sistema imunológico ataca as chamadas células beta. Dessa forma, a produção de insulina no organismo é prejudicada e a glicose não consegue ser absorvida.

Já o segundo tipo é mais frequente em adultos e representa a vasta maioria dos casos da doença. Acontece quando o organismo não utiliza corretamente a insulina produzida ou não consegue controlar a glicemia. Embora fatores genéticos possam influenciar, os maus hábitos (alimentares e de qualidade de vida como um todo) são as principais causas deste tipo.

Quais os fatores de risco associados?

Dra. Patrícia: O diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer têm alguns fatores de risco semelhantes. O excesso de peso aumenta o risco de desenvolver diabetes e câncer de próstata, intestino, mama, útero, próstata, garganta e rim – tanto o diabetes tipo 2 quanto o câncer são mais comuns nas pessoas à medida que envelhecem. Já o diabetes tipo 1 pode aumentar o risco de desenvolver câncer do colo do útero e do estômago. 

Existe alguma relação entre o diabetes e tratamentos contra o câncer?

Dra. Patrícia: Alguns tratamentos contra o câncer podem afetar o diabetes e dificultar o controle da glicose no sangue. Às vezes, o tratamento administrado para o câncer, especialmente esteroides em altas doses, pode causar o desenvolvimento de diabetes. O manejo irá variar dependendo de muitos fatores, como idade, peso etc.

Como evitar esse problema?Dra. Patrícia: Ao manter um peso saudável para a sua altura e com boa quantidade de massa muscular, ter como base na dieta o consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e peixes, manter-se ativo fisicamente e não fumar, você pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver tanto câncer quanto diabetes.

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