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Mudanças no corpo e na autoimagem podem afetar a vida sexual

Para muitas pacientes, o diagnóstico do câncer de mama pode ser o início de mudanças na vida sexual que se mantêm durante o tratamento e a recuperação. Desde a diminuição da libido até o aprofundamento da intimidade do casal, passando pela vulnerabilidade emocional devido às mudanças do corpo, se trata de um período que exige bastante autoconhecimento e apoio.

Por que as mudanças acontecem?

Como afirma a ginecologista Dra. Priscila Pyrrho em sua palestra para o Nosso Dia Pink, existem sintomas específicos que as mulheres podem experimentar associados a tratamentos que têm impacto direto nos pensamentos e no comportamento sexual. 

Pensamentos e sentimentos têm um enorme impacto na sexualidade humana. Ansiedade, medo, depressão, preocupação e muitos outros sentimentos podem diminuir ou interromper a expressão sexual. 

Alguns estudos também sugerem que a mudança no desejo sexual pode estar relacionada a uma diminuição nos níveis de testosterona, bem como a níveis decrescentes de estrogênio. Mudanças na autoimagem pode ter raízes na perda de cabelos, ganho de peso e perda ou alteração dos seios.

Como o corpo pode ser afetado?

A cirurgia do câncer de mama pode estar associada a dor, diminuição da mobilidade, e mudança na percepção do próprio corpo. A radioterapia, por outro lado, pode causar desconforto mamário e fadiga. Já a quimioterapia pode resultar em náuseas, vômitos, fadiga e sintomas associados à menopausa, como secura vaginal, ondas de calor e distúrbios do sono.

No entanto, nem todas essas mudanças são ruins ou difíceis. O crescimento e a percepção que podem surgir da exploração da sensualidade e da sexualidade podem ser gratificantes. Histórias de relacionamentos enriquecidos, sensação de vivacidade e alegria não são incomuns.

Como lidar com essas mudanças?

  • Conversar com médicos e enfermeiras sobre os sintomas experimentados pode ajudar: relações sexuais com secura vaginal, por exemplo, são desconfortáveis e nada prazerosas. Portanto, lubrificantes e medicamentos podem reduzir esse efeito colateral. 
  • Explorar o tipo de suporte emocional que melhor se adeque: algumas pacientes são beneficiadas pela terapia individual. Outras encontram sua ajuda mais profunda em grupos de apoio ou em oficinas de artes. O mais importante é buscar uma opção com a qual a paciente se identifique.
  • Ler, pesquisar e conversar com outras pessoas: compartilhar com pessoas confiáveis nossos sentimentos, pensamentos e anseios sobre vida sexual pode ser libertadora e enriquecedor.
  • Não se sentir pressionada a ser mais ou menos sexual do que gostaria: prazer carrega diferentes significados para cada um e não existem escolhas mais certas do que outras. O importante é explorar os próprios desejos e trabalhar com o que se deseja mudar. 

Quer saber mais sobre sexualidade no tratamento do câncer de mama?

Confira a palestra da Dra. Priscila Pyrrho no nosso canal do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=BnGigUGYPnI.

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